quarta-feira, 24 de junho de 2009

Observações importantes do TP4 - unidades 15 e16.

GESTAR II - CACHOEIRAS DE MACACU / RJ

Professora Formadora: Maily Anne C. Torres Fraga

UNIDADE 15- “ Mergulho no texto”

Seção 1: Por que e para que perguntar.
Seção 2: Como chegar à estrutura do texto?
Seção 3: Quando queremos aprender.

OBJETIVOS:
1- Conhecer as várias funções e formas das perguntas, na ajuda à leitura do aluno;
2- Utilizar procedimentos que levem à determinação da estrutura do texto.
3- Utilizar procedimentos adequados para atingir o objetivo de ler para aprender.

OBSERVAÇÕES: “A leitura nem sempre é um prazer, ou uma viagem, ou mágica. A leitura implica esforço, aprendizagem nem sempre muito fácil, disposição. Afinal, ler e escrever são experiências conquistadas pelo trabalho, que pode, sim ser compensador e tornar-se prazer, alegria, viagem (...) como querem os anúncios sedutores.
A leitura é sempre um meio. Lemos sempre para alguma coisa: para saber mais, para nos alegrar, ela é sempre uma forma de nos entendermos e de nos situarmos no mundo do universo familiar ao mais amplo”.

PASSOS PARA UMA BOA LEITURA:

1-Ajudar o aluno a interrogar-se;

Tipos de perguntas:
a- Perguntas claras e diretamente apresentadas no texto;
b- Perguntas que propiciem inferências;
c- Perguntas que pedem do leitor uma resposta pessoal, baseada em seus valores.
d- Perguntas que dizem respeito ao gosto pessoal, preferências e aversões. Obs: “gosto” é diferente de “ideologia”
e- Perguntas que levam o leitor a relacionar o texto a outros textos.

“As perguntas deverão estar de acordo com o conhecimento de mundo do aluno”.

2-Estabelecendo a estrutura do texto lido:

a- Deve-se depreender o texto para se chegar a uma compreensão global.
b- Criar frases que sintetizem a idéia do parágrafo;
c- Observar os elementos que estabelecem o encaminhamento do pensamento do autor: Assim, desse modo, por isso no entanto, etc.
d- Reestruturar as frases do texto com uma lógica;
e- Reconhecer dados impertinentes, que não são tão incomuns;
f- Retirar o título.

3-Ler para aprender:

1- 1ª leitura;
2- Leitura compreensiva ( anotando, usando o dicionário);
3- Sublinhar idéias . Obs: Não sublinhar exemplos, repetições, etc.
4- Marcar os termos de relação entre as idéias;
5- Retirar as marcas para o que já se compreendeu;
6- Indicar a idéia central de cada parte do texto.
7- Fazer um resumo.




UNIDADE 16 – A PRODUÇÃO TEXTUAL- CRENÇAS, TEORIAS E FAZERES.

Seção 1 - Escrita, crenças e teorias.
Seção 2 - O ensino da escrita como prática comunicativa.
Seção 3 - A escrita e seu desenvolvimento comunicativo.

OBJETIVOS:

1- Identificar crenças e teorias que subjazem às práticas de ensino da escrita;
2- Relacionar as práticas comunicativas com o desenvolvimento e o ensino da escrita como processo;
3- Identificar dimensões das situações sociocomunicativas que auxiliam no planejamento e na avaliação de atividades de escrita.


HIPÓTESES QUE INFLUENCIAM A PEDAGOGIA DA ESCRITA:

1- A escrita é uma transcrição da fala;
2- Só se escreve utilizando a norma padrão;
3- Todo bom leitor é um escritor;
4- Na escola escreve-se para produzir textos narrativos, descritivos e dissertativos.
5- Para se escrever bem é preciso ter dom.


OBSERVAÇÕES:
Ø Para desenvolver a escrita precisamos ensiná-la e praticá-la;
Ø Leitura e escrita estão interligadas;
Ø Com o desenvolvimento da sociedade, novas necessidades comunicativas surgiram e os alunos têm que ser expostos a diferentes gêneros durante seu aprendizado;
Ø Na escola, os alunos também praticam gêneros para comunicação imediata e para o cumprimento de tarefas do dia a dia, relacionadas à escrita não ficcional;
Ø A escrita é compreendida como uma linguagem em si que está relacionada, intrinsecamente, às práticas orais e de leitura. Passa a ser vista com uma transcrição da fala apenas nos primeiros momentos do seu aprendizado e desenvolvimento e em algumas outras situações.
Ø Tanto os aspectos de ensino-aprendizagem da escrita como o aspecto da organização das atividades devem considerar o desenvolvimento da escrita como atividade comunicativa;
Ø O ensino da escrita está diretamente relacionado com as situações sociocomunicativas.

DIMENSÕES DA SITUAÇÃO SOCIOCOMUNICATIVA COMO PARÂMETROS PARA O PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES DE ESCRITA:

Ø Consciência da audiência;
Ø Relevância do conteúdo;
Ø Seqüência da informação;
Ø Nível de formalidade;
Ø Função da comunicação
Ø Convenção (formato do documento).


“A leitura é uma prática necessária, mas não suficiente para o desenvolvimento da escrita: Aprende-se a escrever, escrevendo”.

Professores trabalhando .

Momento do café.




Professores estudando a atividade proposta na oficina 8 - Unidade 16


Atividades feitas pelos professores em sala de aula

Em sala de aula, os professores trabalharam a leitura e a produção de texto com criatividade, observando as propostas do "Avançando na prática". A atividade sobre diário ( texto Camping - lição de casa 2) foi bastante explorada pelos professores. Os alunos continuaram seus diários completando os dias, acrescentado personagens, criando romances, etc.
De igual forma, os gêneros: cartão postal, bilhete, formulário, carta, relato e até mesmo o resumo foram atividades bem desenvolvidas com os alunos.
Os professores também aproveitaram o aniversário da cidade ( 15 de maio ) e confeccionaram convites de festa com seus alunos.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Trocando ideias sobre LETRAMENTO.


TP4 - UNIDADE 13

LEITURA, ESCRITA e CULTURA

Surgimento da escrita

Importante:
A escrita passou a desempenhar funções diferentes da oralidade e transformou a forma de nos comunicarmos e aprendermos em três instâncias básicas:
*Ampliou a potencialidade de nossa memória;
*Possibilitou a comunicação a distância;
*Tornou-se um instrumento de poder.

Seção 1: O letramento;
Seção 2: Letramento e diversidade cultural;
Seção 3: Conhecimento prévio e a atividade de leitura e escrita.

Objetivos:
1- Refletir sobre os usos e as funções da escrita nas práticas do cotidiano.
2- Relacionar o letramento com as práticas de cultura local.
3- Produzir atividades de preparação da escrita, considerando a cultura local, a regional e a nacional.

OBSERVAÇÕES :

“O aprendizado e o desenvolvimento da leitura e da escrita ocorrem parte no cotidiano, no nosso dia-a-dia, e parte por meio de atividades sistemáticas na escola, com a utilização de reflexões sobre as práticas de nossa cultura e de outras culturas.”

“Quando tratamos da escrita a partir de perspectiva do letramento, temos que considerar o papel / a função que exerce na comunidade. As formas em que se apresenta em nossa cidade, os gêneros textuais que são preferidos pela comunidade e como podemos fazer da cultura local, das tradições, ferramentas para serem utilizadas como base para construção do conhecimento escrito, isto é, para a construção de diferentes experiências escritas de situações sociocomunicativas diversas em sala de aula (...).”


“(...) O processo de letramento é constituído por prática e eventos relacionados ao uso, a função e impacto da escrita na sociedade (...).”


TP4 - UNIDADE 14

O PROCESSO DA LEITURA

Seção 1: Onde está o significado do texto?
Seção 2: Os objetivos da leitura: Expectativas e escolhas de textos.
Seção 3: Conhecimentos prévios interferem na produção de significado do texto?

Objetivos:

1- Reconhecer texto e leitor como criadores de significados;
2- Relacionar objetivos com diferentes textos e significados de leitura;
3- Conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio da leitura.


IMPORTANTE:

“A compreensão da leitura como produção de significado implica determinadas posições e procedimentos (...). Devemos ter em mente que a compreensão do texto é uma construção do leitor, a partir de sua história, mas tendo obrigatoriamente por base as marcas desse texto, que nunca é completamente fechado a interpretações.”

"Cidadezinha Qualquer"- poema trabalhado no TP4 - unidade 14.

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.


Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.

Devagar... as janelas olham.


Eta vida besta, meu Deus.


( Carlos Drummond de Andrade )

Trabalhando o "letramento"- professora Jaline..







Fotos dos professores trabalhando.











Tipos Textuais

Nossa segunda oficina ( terceiro encontro ), no dia 04 de maio, tratou dos Tipos Textuais. Continuando com o tema transversal "trabalho", estudamos os tipos narrativos, descritivos e dissertativos, tão conhecidos por nós professores, e os tipos injuntivo e preditivo.

Algumas observações importantes:

TIPOS TEXTUAIS

“Usamos a expressão Tipo Textual para designar uma espécie de construção teórica definida pela natureza lingüística de sua composição – aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais , relações lógicas”. ( Luiz Antônio Marcuschi)

Definem-se tipos textuais pela forma em que as informações são organizadas nos textos; pela predominância das categorias gramaticais que levam o leitor/ouvinte a compreender o texto.


Seqüências tipológicas:
Ø Descrição;
Ø Narração;
Ø Injunção;
Ø Predição
Ø Dissertação ( exposição e argumentação ).

O TIPO DESCRITIVO
“ Descrição é o tipo de texto em que se relatam as características de uma pessoa, de um objeto ou de uma situação qualquer inscritos num certo momento estático do tempo”. ( Platão, F. & Fiorin, J.L ).
O Tipo Descritivo enumera aspectos, físicos ou psicológicos, em simultaneidade. A inversão na ordem dos enunciados não altera a “imagem” que a descrição constrói. Possui sintagmas predominantemente nominais, indicam propriedades e posições.


O TIPO NARRATIVO

“Apóia-se em fatos personagens tempo e espaço. Relata mudanças de estado entre os fatos ou episódios, seja marcando essas mudanças nos tempos verbais ou não. Além disso, há uma relação de anterioridade e posterioridade entre os fatos narrados e freqüentemente, esses fatos mantém entre si uma relação de causa e efeito. Por isso, muitas vezes, a ordem em que se enuncia os fatos é relevante para a seqüência narrativa”.


O TIPO INJUNTIVO (ou instrucional )

“Têm por objetivo instruir o leitor/ouvinte sobre alguma coisa. Por isso, as formas verbais mais frequentemente empregadas estão no modo imperativo.(...) O importante é que seqüências instrucionais caracterizam-se por fazer o interlocutor executar alguma ação. A ordenação das ações, por isso, pode ser relevante e a sequenciação entre os enunciados pode corresponder a uma conexão necessária entre os atos a executar”.


O TIPO PREDITIVO

“ Caracteriza-se por predizer alguma coisa, ou levar o interlocutor a crer em alguma coisa, que ainda está por ocorrer. (...) Por isso, nem a cronologia das informações nem a ordenação dos enunciados é muito relevante. Predominam os verbos nos tempos futuros e os conectores lógicos não são importantes. Pode-se perceber, formalmente, uma semelhança com a descrição de uma situação futura: uso dos verbos de estado e de frases nominais.”



O TIPO DISSERTATIVO

“Caracteriza-se o tipo dissertativo por analisar e interpretar fatos ou dados de uma realidade, usando para isso conceitos abstratos. As idéias e as relações entre elas tornam-se mais importantes do que propriamente os dados, ou as informações, que servem de motivo para se chegar a esses conceitos. (...) Quando o texto dissertativo se dedica mais a expor idéias, a fazer que o leitor/ouvinte tome conhecimento de informações ou interpretações dos fatos, tem caráter expositivo e podemos classificá-lo como TIPO EXPOSITIVO. Quando as interpretações expostas pelo texto dissertativo vão mais além nas intenções e buscam explicitamente convencer o leitor/ouvinte sobre a validade dessas explicações, classifica-se o texto como TIPO ARGUMENTATIVO”.


IMPORTANTE:

Gêneros textuais- Exteriores . Incorporam aspectos exteriores da utilização dos textos: os objetivos sociocomunicativos, os interlocutores, etc.

Tipos textuais- Interiores ao texto. São classificados segundo as estruturas lingüísticas que compõe o plano composicional dos gêneros.

“É inevitável a articulação entre gêneros e tipos, pois nestes se constroem lingüisticamente aqueles”.

“Dependendo dos objetivos de sua produção, os Gêneros e os Tipos textuais podem migrar de um gênero para outro,“transportando” sequências tipológicas características de um gênero para outro”.


“ Nem todos os tipos se realizam em todos os gêneros, e nenhum gênero realiza apenas um tipo textual”.

Para complementar o nosso estudo, escolhemos o tipo narrativo, assistindo ao filme "Narradores de Javé".

"A pequena cidade de Javé será submersa pelas águas de uma represa. Seus moradores não serão indenizados e não foram sequer notificados porque não possuem registros nem documentos das terras. Inconformados, descobrem que o local poderia ser preservado se tivesse um patrimônio histórico de valor comprovado em "documento científico". Decidem então escrever a história da cidade - mas poucos sabem ler e só um morador, o carteiro, sabe escrever.Depois disso, o que se vê é uma tremenda confusão, pois todos procuram Antônio Biá, o "autor" da obra de cunho histórico, para acrescentar algumas linhas e ter o seu nome citado."


Fonte: Wikipedia - http://pt.wikipedia.org/

Vídeo comentado sobre o filme "Narradores de Javé"